Por Mayara Rachid* e Beatriz Mezzalira**
Neste domingo, 07, o Senado renovou 54 de 81 cadeiras. Os partidos que mais ganharam cadeiras foram o MDB com 6, o PP e a REDE, com 5, seguidos pelo DEM, PSD, PSDB e o PSL, com 4 cadeiras cada. Assim como aconteceu na Câmara Federal e nas Assembléias Legislativas, é preciso destacar o fato de que o PSL, partido de Jair Bolsonaro, conseguiu eleger quatro senadores, apesar de contar com pequena estrutura partidária e poucos recursos do fundo eleitoral. Desses quatro, dois foram eleitos em grandes colégios eleitorais: SP e MG.
Assim como aconteceu com a Câmara, o Senado apresentou uma alta taxa de renovação. Dos 32 senadores que tentavam permanecer no Congresso, apenas oito conseguiram. Ao todo, serão 46 novos nomes (85%) a partir de 2019.
A análise da nova composição do Senado em relação aos blocos ideológicos, a partir de classificação desenvolvida pelos cientistas políticos Timothy Power e Cesar Zucco, aponta para a dominância de partidos de direita. O bloco mais conservador passa de 31 para 42 cadeiras. Os partidos de centro viram sua força diminuir. Perderam dez vagas. Já os partidos de esquerda perderam apenas um senador.
Fonte: Dados preparados pelas autoras
Fonte: Dados preparados pelas autoras
Da mesma maneira que na Câmara, as eleições de 2018 para o Senado resultaram no crescimento dos partidos mais conservadores. Na Câmara, os partidos de direita chegaram a 58,6% das cadeiras. No Senado, a porcentagem é um pouco menor: 51,8%. O saldo final é claro: as eleições para o Congresso brasileiro resultaram na ampliação da força dos partidos de direita.
Fonte: Dados preparados pelas autoras
*Mayara Rachid é graduanda em Ciências Sociais na Unicamp
**Beatriz Mezzalira é bacharel em Ciências Sociais na Unicamp
Bom dia às autoras e parabéns pelo excelente artigo!
Muito legal e importante esse trabalho que vocês fazem, parabéns.
Por gentileza, vocês poderiam dispôr os dados que vocês utilizaram pra fazer essa pesquisa?
Fico no aguardo de uma resposta.
Abs,